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Resumo
No início da década de 1990, na cena contracultural de Buenos Aires, um grupo de jovens mulheres ligadas à música punk realizou uma série de iniciativas culturais a partir das quais assumiram uma postura crítica em relação às formas de violência sexual que sofreram. Por meio de canções, publicações independentes e festivais, bem como de posições discursivas e práticas estéticas, essas mulheres elaboraram posições críticas sobre o corpo, a identidade e a violência de gênero, o que não apenas criou um novo imaginário sobre as possíveis conexões entre o punk e o feminismo na história da música, mas também criou condições para uma nova política cultural do feminismo baseada na incorporação crítica de emoções negativas, no potencial revulsivo da sexualidade e em posições críticas de essencialismo.
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